terça-feira, 13 de junho de 2017

e eu fui... fui sem saber que estava indo decidir sobre de qual precipício me jogar.
uma conversa muito boa, planos e investimentos com retorno rápido demais. Tudo que alguém com ânsia de ver um sonho realizado precisava ouvir.

Meu site estava no ar, um site voltado para o público industrial. Com esse contato incluímos também alguns serviços que daria força para um novo seguimento.
o de camisas com estampas diversas e também uma linha africana. Acontece que após os investimentos feitos e máquinas de estampagens compradas, começaram os golpes.
Serviços feitos pelas minhas costas, uso indevido do meu equipamento... ou seja roubo. Tudo isso seguido de ameaças do tipo Eu tenho um pai de santo, eu tenho um zelador...

Nessa época, estava ainda me despindo do preconceito. Para apressar a retirada dessa roupa, marquei de conhecer esse pai de santo, esse zelador, para mostrar que nada eu tinha a temer, mas também para matar a curiosidade.

Há males que vêm para o mal mesmo.

Em um domingo, chuvoso... ninguém nunca conseguiu me tirar de casa nessas condições. Mass nessas condições fui lá, mostrei minha cara e vi a cara de quem não devia. Me encantei com a inteligência e com uma suposta vidência, ora... quem me levou lá sabia muita coisa a meu respeito, é... pode ser que tenha havido vidência, não vamos exagerar nas críticas, mas uma coisa é certa, saí de lá impressionada.
Como o sacerdote estava, debilitado se queixando de rinite, marcamos um retorno dessa vez, para um jogo de búzios.
Aí sim, fui pega por todos os membros... muitas revelações que poderiam ser feitas, mas uma notícia dada pelos búzios deixou a pessoa atordoada e aí foram seções e mais seções de como me amarrar dentro daquele canzuá...

e nesse jogo, a situação de que o tal rapaz, era furada...

Peguei tudo que era meu depois de mais uma revelação de que serviços estavam sendo feitos às minhas costas. Eu escapei de quase me afundar numa dívida terrível.

Consegui me livrar dele e recuperei meus equipamentos.

Como gratidão, prometi viabilizar o site do terreiro que havia sido prometido pelo rapaz em questão.

Eu não entendo até hoje como me coloquei naquela armadilha.

Fui na festa de Oxaguian, fui na feijoada de Ogum... era tudo tão lindo e tão sincronizado que não teve como não acontecer um sentimento.

Ecomeçaram as visitas para viabilização do site. E começaram as doses homeopáticas de uma droga da qual eu me viciei e coloquei em risco a minha vida.


domingo, 13 de setembro de 2015

Contando um pouco do antes...

E era assim...

A vida era muito tranquila. No tempos da escola dava um trabalho terrível para minha mãe a nível de comportamento, mas sempre gostei muito de estudar. Tinha boas notas, terminei o segundo grau ao completar de 17 anos sem repetir nenhuma das séries.
Não quis de imediato partir para a faculdade mas depois fiz algumas tentativas.
Escolher  o que fazer sempre foi um grande problema visto que me interesso por quase tudo, mas sempre tive muita afinidade com ciências, biologia... então a primeira tentativa foi odontologia... mas foi só pra ver como era, pois ainda antes de terminar o segundo grau estagiava em uma empresa da cidade e lá conheci a informática que tanto me fascinou.
E a segunda tentativa foi Análise de sistemas. Ficou na tentativa.
Para encurtar a história trabalhei no comércio, na indústria e nunca mais saí de lá. Me graduei em Gestão Logística depois de abandonar outras duas faculdades e fui trabalhar na indústria automotiva.
Assumi cargo de responsabilidade mas sempre fui muito ágil no trabalho e tenho lá minhas facilidades para aprender e desenvolver atividades.
Sempre tinha muito trabalho, e por falar nele, mesmo quando saía de um emprego  vinha outro bater na minha porta quase pedindo pelo amor de Deus para eu aceitar a proposta. Bem atípico não? Principalmente nos dias atuais.
Então, lá estava eu no meu trono, soberana, desempenhando minhas funções e adquirindo cada vez mais responsabilidades. Meu chefe gostava de mim e me mostrava isso me dando cada vez mais atividades sob a justificativa de que eu conseguia fazer então ele não via outra opção.

Mas eu queria mais, eu queria algo que fosse meu, mesmo que fosse apenas para me divertir em fins de semana ou em qualquer momento vago. Tinha que ser meu.

entrei em contato com um amigo... que não era meu amigo. Mas eu só soube disso quando ele roubou minha ideia e eu amargurei de raiva quando ví em outdoor da cidade a minha ideia com outro nome e com outro dono... o dono que me traiu.
Eu resolvi então modificar a história... era um site para divulgar o comércio da cidade com base nos itens comercializados, mas como essa ideia foi roubada, eu adaptei para a área em que eu já trabalhava: Compras industriais.
Essa posição me rendia um excelente salário e status. (Era maravilhoso)
Resolvi que o site divulgaria apenas material industrial, mas para dar certo eu precisava de divulgação e de alguém para vender a proposta. Com o tanto de ocupação que eu tinha não me sobrava muito tempo para realizar mais essa tarefa e por fim, após um ano funcionando eu tirei o site do ar e fiquei pensando em outra coisa que fosse legal.
Recebi um e-mail para uma oportunidade de trabalho que conseguia ser melhor do que a atual. Um dia antes da entrevista fui ao salão de beleza para melhorar a apresentação, mas ele estava fechado.
Na pracinha perto do salão em um barzinho tranquilo estava um ex-colega de trabalho com um amigo dele. Tomamos algumas cervejas juntos e em conversa com esse amigo descobri que ele desenhava muito bem e que tinha influência política, me ofereceu algumas placas de outdoor para divulgar meu site e me deu o e-mail dele para que posteriormente eu entrasse em contato para acertar os detalhes....

Aí começa a motivação de toda essa escrita... eu cometi o primeiro erro de milhares que estavam por vir. Eu escrevi para esse rapaz e marcamos um encontro.






domingo, 6 de setembro de 2015

Um dia desses, mais precisamente dia 14 de junho de 2014, em visita a um terreiro de Angola lá em Itinga, na presença de um amigo, ele me perguntou:

___ Voce deveria escrever um livro não é não?

Eu me espantei e disse:

___ Eu ? Oxe!

E ele:

___ Me chame para escrever o prefácio!

A idéia do livro resolveu se fazer presente por esses dias, mas resolvi iniciar com um blog.
O objetivo deste é, contar como eu deixei de ser uma pessoa comum para ser a filha da deusa da riqueza e do amor que nasceu rainha e a menina dos olhos de Loango. Ou não...

Esses são meus dois amores, minhas riquezas, meu Pai e minha Mãe. Amor para vida inteira!

Esse é o start de uma história realíssima, a minha história dentro do candomblé.

Uma história de sonho, de amor, de raiva, de decepções, de solidariedade, de descobertas. Enfim... uma grande história com repleta de emoções, verdadeiras profusões de sentimento.